quarta-feira, 13 de junho de 2012

Segunda vez


Mas uma vez eu acordo nesse quarto até agora não acredito que ainda estou aqui. falta apenas uma semana para eu completar 18 anos, ai sim poderei me livrar desse inferno, não que eu não goste dos meus avós, longe disso, só que aqui tem tantas fotos deles que sinto vontade de sumir daqui, não entendo até agora o porque de eu não ter morrido junto, os médicos e policias dizem que foi um milagre que eu fui parar fora do carro se não teria morrido também na explosão que teve logo após o carro ter capotado, mas eu sei que não foi um milagre, foi ele, foi aquele homem que me tirou de lá falando que ainda não tinha chegado a minha hora não naquele momento, ele era alto, forte, e estava todo de preto e como era noite não pude ver seu rosto, mas nunca mais irei esquecer daquela voz. Acharam-me louca quando eu contei que tinham me tirado do carro, eles falaram que era impossível não tinha ninguém na estrada de madrugada, ninguém além de mim e meus pais. Bom meu nome é Sophia, tenho 1,65cm de altura, meus olhos são pretos, meu cabelo também é preto e agora vou contar vocês o dia em que a morte veio ao meu encontro pela segunda vez.
Estava no meu quarto ouvindo System of a down,  quando escuto meu avô me chamar.
- SOPHIA, SOPHIA VC VAI SE ATRASAR PRA ESCOLA SE CONTINUAR PRESA NESSE QUARTO.
- JÁ VAI VÔ
É sempre assim todo santo dia, ele grita de um lado e eu grito do outro, acho que a gente gosta de gritar mesmo. CAMBUUUU, nossa que barulho foi esse, saio do meu quarto ás pressas vejo meu querido vô estirado no chão e minha vozinha chorando ao pé do ouvido dele. Desço as escadas correndo para socorrer, quando chego perto dele meu avozinho começa a dar sinal de vida.
- O... O que aconteceu? Por que minha cabeça dói tanto? Onde estou?... bla bla bla
Eram tantas perguntas que eu não consegui raciocinar direito, também como podia minha avó choravam mais que animadora de velórios, sabe aquelas mulheres que são contratadas somente para chorar no enterro da pessoa, então minha avó estava superando elas.
- calma vó ele já está bem
- como calma meu “velho” caiu da escada menina como quer que eu fique calma em me explica?
Oh meu Deus eu deveria ter ficado na minha cama hoje, tudo é mim me mandava fingir que estava com dor de barriga, só pra não ter que levantar da cama. Mas não eu tinha que ser teimosa eu tinha que levantar, só Deus sabe o porquê deu ter levantado hoje.
- vó calma eu levo ele para o hospital somente mantenha a calma.
- avozinho você consegue levantar?
- acho que sim, minha filha.
- então venha ficarei aqui como apoio.
Foi até fácil levantar ele agora tenho que somente encontrar as chaves do carro só não sabe onde estão.
- vó procura as chaves do carro.
Tadinha da velha saiu correndo que nem louca atrás das chaves. Depois de uns cinco minutos nos já estavam dentro do carro minha avó ficou em casa com sua irmã caso precisasse de algo.
Ao chegar ao hospital falei com a recepcionista e em poucos minutos já tinha um medico chamando meu avô para a sala. Hm... é fim do mundo, hospital atendendo as pessoas tão rápido assim realmente é um milagre
Minutos depois...
Estava tão distraída lendo o meu livro que nem percebi que tinha ficado sozinha naquela sala de espera, acho que ainda não comentei, mas odeio quando isso me acontece sozinha numa sala branca com esses quadros feios e assustadores pareciam que estavam me olhando, é minha impressão ou a sala começou a ficar mais gelada do que o normal?. Eu preciso andar não aquento mais ficar aqui. Levantei-me às pressas e sai daquela sala assustadora.
Estava andando já fazia quase uns dez minutos acha que acabei me perdendo nesses corredores eu estava com sede a muito tempo ate que encontro um bebedouro no meio do caminho, quando meu abaixo percebo eu tem alguém em seguindo por esse corredores eu já desconfiada antes mas agora tinha plena certeza, alguma coisa ali me mandava sair rápido daquele corredores e voltar a esperar a meu avô. Nem esperei ele falar comigo já sai em disparada pelos corredores.
Eu entrava e sai de mais e mais corredores e não encontrava nada nem janelas ou portas, já estava ficando cansada de correr e ele sempre atrás de mim. Eu não sabia o que tinha que fazer, somente ouvia sua risada esse tom assustador na qual me fez gelar por completo eu já tinha ouvido em algum lugar mas o momento não era propicio para analisar de quem seria aquela voz. Eu entrei em mais um dos corredores, na metade do corredor acabei escorregando em algo que para mim não tinha nenhum significado ate  que levantei a mão, e vi que estava coberta de sangue, entrei e desespero e comecei a chorar, mas não o desgraçado daquela voz estava rindo e me assustando ainda mais, levantei do chão e sai correndo quando   de repente tropeço no meu all star e vou ao  chão mais uma vezes, eram tantos quadros meu seguindo com olhar. Levantei-me e comecei a caminhar até que vi uma porta, finalmente, para minha surpresa estava liberta daquele que e perseguia, quando abro  porta dou de cara com a sala de espera e lá estava ele o que me perseguia sentado numa das cadeiras de espera me encarando.
- porque demorou tanto pequena? Você não sabe que eu ondei esperar.
OH MY GOD, como ele chegou aqui primeiro do que eu? Ele estava atrás de mim ate agora pouco? Ai meu santo jegue que será ele? E essa voz eu a conheço de algum lugar, mas de onde?
- não se lembra de mim pequena? Não tem nem dois anos direito desde a ultima vez que nos vimos.
- sabe naquela estrada, o acidente... agora lembrou pequena?
 Era ele, foi ele quem me salvou naquele dia.
- é você, você me salvou.
- não, não pequena, você não se lembra do que eu tinha ti falado?
- não me lembro
- eu não tinha ti salvado, somente não tinha chegado a sua hora... mas hoje kkkkkkkkk
De hoje você não passa pequena, hoje é seu dia de ir
Mas o que esse louco esta falando? Como assim “ de hoje você não passa” ele ta pensando que é quem, mãe dina pra saber a hora que cada um vai ou fica.
- não pequena eu não sou mãe dina.
- quer saber quem eu sou?
-claro que quero
- sou a morte
-que?
- sou a morte ou o ceifeiro se preferir, e hoje é o dia da colheita, hoje eu vim colhe você pequena.
- por que eu? Por que agora?
- não sou eu quem escolhe pequena acontece somente isso, acontece.
- eu não quero ir eu não vou não agora.
- não adianta chorar eu não irei fazer nada a não ser levar sua alma comigo.
-vamos sente-se pequena, não fique no chão você poderá pegar um resfriado desse jeito.
- vou ali pegar uma água para você e já volto.
Eu estava em estado de choque como assim a minha hora tinha chegado?
Não podia ninguém me perguntou se eu queria, nesse meio tempo dele ter ido pegar uma água para mim, entra um grupo de assaltantes no hospital e começam a atirar para tudo que é lado, um desses tiros me acerta no peito, e eu caio no chão, começa a sair sague pela minha boca, as imagens começam a ficar distorcidas eu não consigo enxergar direito... Oh Deus por favor não agora, não quero ir agora.
- Por favor, Por...r  favor, por
- eu ti falei pequena hoje era o seu dia, não tem como reverter isso até pequena. 

Nome: Kenia Almeida da costa
Nº:24, 3ºD

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