sábado, 24 de março de 2012

Trabalho de Língua Portuguesa - Realismo





Machado de Assis - Papéis avulsos.
CONTO – TEORIA DO MEDALHÃO


Teoria do Medalhão é um conto criado pelo escritor realista Machado de Assis, originalmente publicado na Gazeta de Notícias, no ano de 1881, e posteriormente integrado ao livro Papéis Avulsos.
Neste texto o autor, por meio de um discurso bivocal, apresenta conselhos inescrupulosos de um pai para um filho visando a alcançar prestígio em uma sociedade de aparências. Edificado sobre as bases da ironia, a obra aponta para a valorização do parecer acima do ser, analisando o comportamento medíocre por meio do qual se pode ascender socialmente sem grandes esforços.

RESUMO:
É a história de um pai que após um jantar de aniversário de seu filho o chama para conversar. Tratam sobre o futuro do filho e o pai começa a aconselhá-lo que para garantir que o esforço dele durante toda a vida seja recompensado, ele deve além de sua profissão cultivar o "ofício" de medalhão.
O ofício requer uma pessoa que não pense muito, não tenha ideias próprias, que viva para ser popular e chamar a atenção. Esse ofício requer uma pessoa que quer ter o nome lembrado, mas sem muitos esforços, parecendo ser culto, sábio, que agrada a todos, simpático, quando na verdade não é. Para isso não se deve ter ideias que divirjam das demais, ser conivente com a maioria das pessoas, ser tido como necessário em todos os lugares, eventos sociais e festas.
O pai aconselha-o de diversas formas sobre como não ter ideias próprias, como passear sempre acompanhado, ir a livrarias apenas para contar piadas ou acontecimentos do dia, saber das ideias já pensadas na filosofia e sobre as ciências, mas impedir que algumas dessas ideias influenciem para reflexões ou mudar seu pensamento. É importante apenas ter fama de ser sábio, sem necessariamente o ser.
Enfim, ser um "medalhão" é ser uma figura considerada na cidade, respeitada, querida pela maioria das pessoas. Isto para ser lembrado durante a vida e depois da morte também.

TRECHOS REALISTICOS

“A vida, Janjão, é uma enorme loteria; os prêmios são poucos, os malogrados inúmeros, e com os suspiros de uma geração é que se amassam as esperanças de outra. Isto é a vida; não há planger, nem imprecar, mas aceitar as coisas integralmente, com seus ônus e percalços, glórias e desdouros, e ir por diante.”

Neste trecho, podemos observar os inconsequentes pensamentos de gerações em que o “ter” é mais valorizado que o “ser”. Gerações se renovam e chances são destruídas diante da aceitação de modelos de vida modernos.


“O mesmo se dá com as idéias; pode-se, com violência, abafá-las, escondê-las até à morte; mas nem essa habilidade é comum, nem tão constante esforço conviria ao exercício da vida.”

Este trecho consiste na concepção dos pensamentos idealizados por filósofos, cientistas... Uma vez que eram discriminados por seus pensamentos, expondo a realidade do mundo onde se constroem conceitos.


“É difícil, come tempo, muito tempo, leva anos, paciência, trabalho, e felizes os que chegam a entrar na terra prometida! Os que lá não penetram, engole-os a obscuridade. Mas os que triunfam! E tu triunfarás, crê-me. Verás cair as muralhas de Jericó ao som das trompas sagradas. Só então poderás dizer que estás fixado”

O trecho ressalta a ideia do “ter”, onde as pessoas atuam como gananciosas, para obterem o que podem fazê-las notáveis, excluindo a outras realidades e admitindo as dificuldades.








Por: Lucas Rodrigues C. F. Ferreira
        Scarlleth P. da Silva                                3ºD
        Scheulder Araújo Silva
        Thaís Conceição

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