quinta-feira, 29 de março de 2012

Resumo e Trechos realistas no conto "Umas Férias" de Machado de Assis


"Umas Férias"
Machado de Assis


O conto começa com a personagem José Martins, na escola  recebendo a  inesperada visita de um homem com aparências rústicas que ao  perceber é seu tio José, a quem chama de ‘’Zeca’’, que depois de conversar com o professor, faz com que ele acabe saindo mais cedo da escola. Os dois seguem até a escola de Felícia a irmã de José Martins,que conseqüentemente também acaba saindo mais cedo da escola.
Os irmãos que vão com o tio para casa  e estranham o comportamento do mesmo que parece estar triste e apreensivo, principalmente ao falar com as pessoas no caminho.Mas muito felizes e esperançosos acreditam que algo bom como uma festa de aniversário, ou alguma confraternização esta por acontecer,principalmente José Martins que não gosta de ir a escola e muito menos de estudar.
Mas ao chegar em casa se deparam com uma triste surpresa, o velório do próprio pai, que acaba de morrer.Se passa então a semana mais triste da vida deles, que ficam loucos para voltar pra escola...Na Segunda-Feira então quando retornam esquecem todos os problemas e voltam a sorrir.





Trechos Realistas:


‘’...-- Sr. José Martins, pode sair.
A minha sensação de prazer foi tal que venceu a de espanto. Tinha dez anos apenas,
gostava de folgar, não gostava de aprender. Um chamado de casa, o próprio tio, irmão
de meu pai, que chegara na véspera de Guaratiba, era naturalmente alguma festa,
passeio, qualquer cousa. Corri a buscar o chapéu, meti o livro de leitura no bolso e desci
as escadas da escola, um sobradinho da Rua do Senado. No corredor beijei a mão a tio
Zeca. Na rua fui andando ao pé dele, amiudando os passos, e levantando a cara. Ele não
me dizia nada, eu não me atrevia a nenhuma pergunta. Pouco depois chegávamos ao
colégio de minha irmã Felícia; disse-me que esperasse, entrou, subiu, desceram, e fomos os três a caminho de casa. A minha alegria agora era maior. Certamente havia festa em casa, pois que íamos os dous, ela e eu; íamos na frente, trocando as nossas perguntas e conjeturas.’’



O trecho a cima é um dos mais importantes e explicativos do conto, pois ele é quem da início a história, e a fantasia de José Martins e sua irmã Felícia de que eles estariam saindo mais cedo da escola para alguma festa.



‘’Não se tratava de um dia santo, com a sua folga e recreio, não era festa, não
eram as horas breves ou longas, para a gente desfiar em casa, arredada dos castigos da
escola. Que essa queda de um sonho tão bonito fizesse crescer a minha dor de filho não
é cousa que possa afirmar ou negar; melhor é calar. O pai ali estava defunto, sem pulos,
nem danças, nem risadas, nem bandas de música, cousas todas também defuntas. Se me
houvessem dito à saída da escola por que é que me iam lá buscar, é claro que a alegria
não houvera penetrado o coração, donde era agora expelida a punhadas.’’



Essa é a hora em que José Martins se depara com a triste situação de seu pai morto, então a ficha dele lentamente começa a cair e ele percebe que preferiria não ter saído da escola, e nem ficaria alegre se soubesse o verdadeiro motivo de sua saída.


‘’A missa do sétimo dia restituiu-me à rua; no sábado não fui a escola, fui à casa de meu padrinho, onde pude falar um pouco mais, e no domingo estive à porta da loja. Não era alegria completa. A total alegria foi segunda-feira, na escola. Entrei vestido de preto, fui mirado com curiosidade, mas tão outro ao pé dos meus condiscípulos, que me esqueceram as férias sem gosto, e achei uma grande alegria sem férias.’’


O último e mais importante trecho revela José Martins voltando a escola, e recuperando a sua alegria, e tentando esquecer as suas tristes férias.E é ele também que explica praticamente  toda a situação e até mesmo o título do conto.Por si só um dos mais realistas.


Esse vídeo aqui é bem legal, e da pra ter uma boa noção do conto:


Por :

Andreza  Luz
Amanda  Gomes
Beatriz Gomes
Guilherme Carvalho
Thamires Fernandes 

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